31 de out. de 2008

Asema

Entre os seres do folclore da América do Sul está o Asema, do Surinami. O asema era muito parecido com o Loogaroo do Haiti e o sukuyan de Trinidad - todos derivados da "bruxa/vampira" da África ocidental
O asema tomava a forma de um velho ou velha que levava uma vida comunitária normal durante o dia, mas uma existência secreta bem diferente após o escurecer. À noite, tinha a habilidade de se transformar (...) e fazia isso removendo sua pele e se transformando numa bola de luz azul. Nessa forma, dizia-se que o asema voava pelas redondezas, entrava nas casas das vilas e sugava o sangue de suas vítimas.

Se gostasse do sangue continuaria a sugar até que a pessoa morresse. Também como no caso do loogaroo, alho era a melhor proteção contra o asema. Ervas poderiam ser ingeridas para deixar o sangue azedo a fim de que o asema não o sugasse, uma prática adotada tanto no Haiti como na África. Proteção adicional era assegurada espalhando-se arroz ou sementes de gergelin na porta. As sementes deveriam ser misturadas com as garras de uma coruja.

O asema precisava apanhar as sementes antes de entrar, mas as sementes caíam continuamente por causa das garras. Se continuasse nessa tarefa até o amanhecer a luz do sol o mataria. Os que eram suspeitos de ser um asema eram colocados em observação. Sua identidade podia ser determinada observando-os retirar sua pele. A pele era então tratada com sal e pimenta para que encolhesse e o asema, assim, não pudesse mais entrar nela.

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